terça-feira, 26 de abril de 2011

Adeus, António

Adeus, António.

“Os discursos são escusados, quando o amor à Academia é tão profundo. Fiz o que pude. Esse sempre foi o meu limite.”

“Os que por aqui passaram” não te esquecem. 

Obrigado, António. E até um dia.


(A António Lúzio Vaz, mestre e amigo. O homem bom que nos deixou… 1941-2011)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sociedade anti-educação

Ultimamente fala-se muito de educação. No nosso país, onde a idade mínima de educação obrigatória têm sido cada vez mais alta, vemos a grande quantidade de jovens com ensino superior desempregados. Mas o que se passa afinal? Será o que o mercado ficou saturado de tantos alunos com elevadas qualificações? É provável, mas na minha opinião não é esse o problema. Acredito que o sistema de educação não está a servir o paradigma social actual.
Há quem diga que o ensino é cada vez menos rigoroso, que há demasiadas distracções, que os conteúdos não são os mais correctos, ou que não há respeito pelos professores. Eu posso concordar com este factores, principalmente com o último, mas o que mais me preocupa, é o real desaproveitamento das capacidades dos alunos. Se um aluno é excelente a matemática, e se sente motivado com a matemática, deve aprender mais matemática e ser bom nessa área. E depois de estar motivado nesta, vai querer aprender as outras coisas. O que o ensino actual faz é obrigar os alunos a saber uma série de conceitos, que muitas vezes não são aprendidos, mas decorados. Colocados numa memória temporária, para se poder passar naquele teste ou exame. E quando se aplica uma situação na vida real, ou quando surge uma situação diferente, eles não sabem como reagir porque não foram preparados para situações incomuns, não foram preparados para situações que necessitem de soluções criativas.

Nesta conferência que vão perceber melhor o que estou a dizer.
http://www.ted.com/talks/ken_robinson_says_schools_kill_creativity.html

Aqui surge o conceito da arte e criatividade que penso ser tão importante que o português ou a matemática. Hoje em dia temos um ensino muito semelhante, cujo objectivo é afunilar num conjunto de conhecimentos. Mas na nossa vida necessitamos de saber um grande e variado leque de conhecimentos, e mais importante que os saber, é onde os encontrar no momento em que se necessita deles.

O ensino de há 20 anos atrás reflecte-se hoje na sociedade. Estamos numa altura de crise e encontra-se muita gente desempregada. E quais são as soluções dos recém-graduados de hoje? Onde está a criatividade, a pro-actividade e atitude para lidar com a sociedade actual? Todos aprendemos a ser (e somos bons) treinadores de bancada, mas quando é necessário tomar iniciativas sociais, identificar problemas e criar as soluções, ou mesmo desenvolver projectos no seio da família ou da comunidade… Ficamos quietos, pois isso nunca aprendemos a fazer. Não aprendemos a criar, a correr riscos, apenas aprendemos que não podemos errar.
Num pequeno à parte, nos Estados Unidos, temos casos de pessoas que depois da falir 3 empresas, foram ao banco pedir dinheiro para uma nova empresa e esse financiamento foi mais fácil. Se isto parece um paradoxo, também me parece que depois de falir 3 empresas, deverá ter aprendido a não cometer os mesmos erros, e a probabilidade de vir a falir novamente será mais reduzida.

Concluindo em relação à nossa educação, gostava de referir o novo modelo de ensino democrático como o da escola da ponte. (Podem ver mais aqui http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Y9zHemGrquU e aqui). As crianças são curiosas por natureza e têm desejo de aprender, mas perdem todo o interesse, quando a sua curiosidade é sufocada pelos programas impostos pela burocracia governamental. A escola da ponte é diferente, abarca os 1º, 2 e 3º Ciclos do ensino básico, mas em tudo é especial: não têm turmas, não têm alunos separados por classes, os professores não dão aulas com giz e quadro, não têm campainha que separe o tempo, não têm teste nem notas. Esta escola permite um ensino personalizado, baseado em pilares de democracia e de cidadania. Aqui os Professores não têm um programa a seguir mas têm o papel de "seduzir" para as matérias que os alunos nunca experimentaram. Os alunos é que planeiam o seu estudo, debatem o que acham bem e mal. Têm direitos afixados nas paredes entre os quais transcrevo um: "Toda criança tem o direito de não ler o livro de que não gosta.". Inclusivamente nesta escola são eles que criam as suas próprias leis. Uma dessas leis é a seguinte: "Temos o direito de ouvir música enquanto trabalhamos, para pensar em silêncio.".

Espero que esteja aqui a solução para a nossa sociedade… Daqui a 20 anos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Breve nota sobre a Crise, o FMI e o FEEF

Ao contrário do que por aí se lê (em jornais, comentadores, bloggers, etc.), Portugal não tem uma crise da dívida. Os valores da dívida pública são claramente inferiores quer aos da Grécia quer aos da Irlanda à data do seu resgate e, mais ainda, são muitíssimo inferiores sos da dívida pública de países como os EUA...

É certo que a nossa dívida pública aumentou nos últimos anos. Mas não tanto que justifique o que se tem passado nas últimas semanas.

O problema do País é, na verdade, uma crise de financiamento: ou seja, Portugal não consegue encontrar financiamento para fazer face a uma dívida que, não sendo monstruosa, é significativa. A jusante do problema, está a falta de liquidez, a ameaça da ruptura da capacidade de pagamentos do Estado e, por arrasto, a intervenção externa, com o recurso a fundos internacionais. Mas a montante, estão as agências de rating, que desvalorizaram a classificação da nossa dívida e provocaram um dano irreparável na nossa capacidade de financiamento, Como consequência, os investidores refrearam-se de comprar a nossa dívida e o Estado ficou sem liquidez, passando a negociar a dívida com juros altíssimos...

A crise financeira de 2008 aconteceu porque os líderes mundiais aceitaram que os bancos de investimento governassem o nosso mundo. Pouquíssimo tempo depois, os líderes europeus deixaram as agências de rating tomar conta do sistema financeiro europeu. Apertaram o cerco à Grécia; depois à Irlanda; chegou a nossa vez. O problema é que nunca estão satisfeitos, pois ganham milhões no processo. Sempre que um País sai da desgraça iminente, começam a desvalorizar o rating de outro. A seguir, poderá vir a Espanha, oxalá que não. Se vier, a UE terá de cair em si e perceber o seu erro.

A UE tem dinheiro, poderia ter facilmente estancado a crise, financiando qualquer um dos países afectados com juros relativamente baixos (e ainda ganhar dinheiro com o processo). Agora, é necessário intervir a sério, será necessário re-estruturar as dívidas externas destes países e, no processo, perder-se-á muito dinheiro. Ficam a perder o Euro, a UE, os cidadãos europeus. E são os nossos líderes quem fica mal na fotografia...

Uma aposta de futuro

>

Temporariamente remetido à minha condição de emigrante, não posso deixar de me sentir (ainda mais) impotente face à difícil situação que enfrenta o nosso País. Não só me é particularmente difícil contribuir de forma mais indirecta (através de acções concretas, participando em discussões, usando eventuais economias em prol do bem público, participando em movimentos cívicos e/ou partidários, promovendo a Justiça no meu dia-a-dia, etc.), como, de forma muito mais “pragmática”, vejo muito complicada a minha participação no acto eleitoral do próximo dia 5 de Junho.


Dando como premissa que me é impossível deslocar a Portugal nesse dia, não quero porém deixar de exercer o meu direito e dever cívico. A alternativa mais viável parece passar, para já, pela inscrição no consulado mais próximo. Mas não só isso se constitui como um processo talvez demasiado burocrático (sobretudo se tivermos em conta que no período expectável da minha permanência no estrangeiro só deverá ocorrer um acto eleitoral), como se constitui numa desvalorização efectiva do meu voto.


Vejamos: nas últimas eleições legislativas, o meu círculo eleitoral elegeu deputados correspondentes a 4 forças partidárias. Em contraponto, em toda a história da III República, apenas na primeira eleição para a Assembleia da República foi eleito um candidato no estrangeiro que não concorresse pelas listas do PS ou PSD — quando António Simões Costa foi eleito pelo CDS no Círculo de Fora da Europa, em Abril de 1976! A acrescer a isto, há o facto de os candidatos serem residentes... fora do território nacional, como se espera. Pelo que a proximidade entre eleitor e eleito não passa de um mito; isto claro, para além de serem para mim ilustres desconhecidos, na maior parte dos casos.


Ora, isto reflecte uma preocupante limitação na qualidade da nossa democracia – tema que dá pano para mangas e ao qual hei-de voltar repetidas vezes, espero – mas reflecte mais ainda o modo como Portugal trata as suas comunidades de emigrantes e imigrantes.


Com efeito, esta minha experiência fora de portas tem-me mostrado diversos pontos: que o melhor meio de promover o País não é percorrendo o Médio Oriente com uma mala de títulos da dívida pública, mas através de uma aposta no valor das nossas comunidades na Diáspora; que estas comunidades são esteios incontornáveis na promoção da nossa cultura e da nossa Língua, muito mais do que qualquer Acordo Ortográfico amanhado “às três pancadas” e que não está ratificado por colossos da lusofonia como Angola e Moçambique; que os emigrantes portugueses no estrangeiro (em particular na Europa) são ou deveriam ser uma arma fundamental no combate às ideias feitas sobre a incomensurável preguiça e desonestidade do povo Português...


Assim, vivendo lado-a-lado com estrangeiros de múltiplas nacionalidades, não posso deixar de considerar que o potencial das comunidades portuguesas no estrangeiro está claramente sub-aproveitado. Não só no modo como o Estado (não) aposta nelas para obter benefícios para todos os seus cidadãos, como na maneira como se demite da sua responsabilidade na oferta de serviços públicos que assegurem uma efectiva adesão à cidadania.


Urge estabelecer uma rede consular com serviços online desburocratizados, fáceis, acessíveis e disponíveis à distância; aumentar os benefícios daqueles que enviam maiores remessas de dinheiro para a Pátria; apostar no reforço da imagem de Portugal no estrangeiro recorrendo ao que de melhor que temos para exibir e, em particular, as nossas comunidades dispersas pelo mundo.


E, claro, porque queremos que Portugal seja um exemplo; porque queremos que o nosso País seja coerente nas palavras e nas acções; porque não tiramos com a mão esquerda o que damos com a direita, há que fazer em casa, com os imigrantes, o que queremos que façam com os nossos, lá fora. A aposta numa cada vez mais justa e integradora politica de imigração tem de ser uma prioridade.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Evolução da saúde global e da economia nos últimos 200 anos


Este trabalho está muito bem feito, embora o tratamento dos dados se resuma a médias e não avalie as desigualdades económicas entre as pessoas, dentro de cada país...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Queima das Fitas - onde está a solidariedade da contestação?

Chegados ao 5º ano de curso, são muitos os colegas do meu ano de entrada na Universidade que já se preparam para partir...

Para a estudantada de Medicina, ainda faltará mais um longo ano, que não culminará em Julho, mas sim em Novembro de 2012, com o (erradamente) chamado "exame de acesso à especialidade", ou Prova Nacional de Seriação para o Internado Médico.

Neste ano, em que terei o prazer e a honra de subir a um dos Carros alegóricos do Cortejo dos Grelados da Queima das Fitas ("CHUC Norris - Isto vai ser o Texas!" - nome que pretende satirizar o recém-criado CHUC - Centro Hospitalar Universitário de Coimbra), também pretendia ir ao Baile de Gala das Faculdades, acompanhar uma das pessoas mais importantes na minha vida pessoal e, certamente, uma das mais influentes na "Escola de Vida" que foi, que é e que ainda será Coimbra por mais uns tempos...

Num país doente e altamente endividado (soube hoje que o pagamento anual da dívida pública ultrapassou o orçamento do maior Ministério), e  em que se quer fazer parecer que existe uma contestação estudantil massiva, organizada e séria às políticas respeitantes ao Ensino Superior e à Acção Social Escolar, é absolutamente condenável o estabelecimento de preços altíssimos para a Queima das Fitas (que é uma organização estudantil) e, sobretudo, para algumas das suas actividades culturais mais emblemáticas, como é o caso do Baile de Gala! "75€ para jantar no Baile?? Mas esta gente está parva?!", será a normal reacção da maioria dos colegas. E foi a minha.

A Queima das Fitas, como "Pedra Suporte da PRAXE Coimbrã" não pode - nem deve! - instrumentalizar-se pelo materialismo puro e duro! Tem todas as condições para respeitar e potenciar as actividades culturais, dando voz ao ACADEMISMO, que implica valores de solidariedade, de respeito pelo próximo, de ética e de cidadania e de companheirismo!
Mas não estamos a assistir ao Academismo, mas sim ao ELITISMO (!), próprio da geração incompetente de políticos que temos, que não vêem outra forma de criar o tal "glamour" em seu redor se não aumentar a fasquia, rodeando-se apenas dos que podem... Certamente que não será saudável para a nossa democracia esta forma de estar na vida e de organizar eventos que deveriam ser de todos e que deveriam estar acessíveis a todos! Ter condições para poupar 25/30€ para um jantar de gala, sou capaz de ter (e sei que muitos não terão), mas este abuso merecia que as pessoas se organizassem e não fossem jantar ao Baile! E, se quisessem, apenas comprassem o bilhete para o convívio que se segue.

Para além de tudo isto, mais uma prova de que estamos numa sociedade que premeia o sedentarismo e a ronha, é o desinteresse por parte da Direcção-Geral da AAC por actividades de índole cultural, cívica e solidária que grupos de Estudantes levam a cabo. Louvo a atitude inovadora e altamente dinâmica do Carro "CHUC Norris" em querer desenvolver Espectáculos de Solidariedade, Ciclos de Tertúlias temáticas, recolha de roupas para instituições de solidariedade social, e outras iniciativas do género. Mas têm que ser tornadas públicas todas as dificuldades levantadas, desde a simples não-presença de um representante da DG/AAC nestas actividades, à recusa em apoiar as mesmas, por medo de poder "favorecer um Carro, em detrimento dos outros".
Em resposta, apenas posso dizer o seguinte: Nós é que vamos continuar a querer favorecer a Cultura coimbrã, a solidariedade social e a formação pessoal, mesmo indo contra todas as barreiras que forem criadas. Esperemos ter força e condições para isso! Mas, se não tivermos, como disse um amigo meu: "Tentar fazer aquilo que é da responsabilidade de outros, porque estes não o fazem, já é um grande atestado de incompetência".
 
Que esta seja uma atitude a seguir pelos próximos grelados!

sábado, 2 de abril de 2011

Motivação procura-se!

Penso que participei na grande maioria das últimas manifestações realizadas em Coimbra, para reivindicar por melhores condições para os estudantes! Em concreto pelos super atrasos à atribuição das bolsas de estudo, pelas novas regras técnicas que fizeram diminuir o valor das respectivas bolsas e, pior ainda, negar bolsas a quem necessita, para a concretização dos seus estudos. Entre outros problemas.

Acreditando eu, que a educação é a arma e o caminho mais eficaz para a resolução dos vários problemas de que padece a nossa sociedade actual, e que o ensino superior (com todos os seus defeitos e virtudes) ainda responde a essa finalidade, dotando o nosso país de pessoas qualificadas para a concretização de uma sociedade mais e melhor.

Por esta lógica, e por solidariedade para com os meus colegas e amigos atingidos por estes cortes da Acção Social, (mesmo sendo do retincente quanto à eficácia de manifestações semana após semana ...), eu saí à rua. Peguei nas faixas, gritei, discuti o assunto, informei me, divulguei etc...o normal que se podia esperar. E desiludi me! Uma desilusão muito específica! Dos 8 bolseiros que conheço directamente, e que ainda não receberam bolsa, apenas três foram contestar no passado dia 24/03. E certifiquei me de tentar perceber porque razão é que não o fizeram! Sabendo há partida que haveria um boicote às aulas. O meu espanto concretizou-se quando me percebi que grande parte dos que faltaram, apenas o fizeram porque não apetecia! Conformismo e pouco mais! Em parte fiquei desiludido e chateado, por eu que não sou bolseiro, luto nas acções de manifestações e 8 colegas meus bolseiros não o fazem, pela suposta razão de que não apetece!

Obviamente que a justificação não é tão simples! Penso eu que o conformismo suscitado, prende se antes demais com a falta de acreditação que estas manifestações têm demonstrado, e com o sucessivo aproveitamento político que as mesmas sofrem. Uma das razões da grande participação do Geração à Rasca de passado dia 12, foi mesmo a clara tentativa de ser uma manifestação extra partidária (o que não impediu a tentativa de "usurpação de protagonismo" ou "tempo de antena" por parte de "personalidades partidárias").
O descrédito passa também por não se acreditar mais em soluções vindas de um Estado nem de um Governo, consequentemente baixas expectativas em eleger algo ou alguém. E da falha de comunicação (ou falta dela) aos estudantes afectados, que se sentem assim como algo secundários na sociedade, por parte do poder "que manda".

Uma análise mais "académica Coimbrã", passa pelo descrédito do movimento "político" estudantil alimentado pelo conflito (desejado) das "forças políticas" antagónicas, cujos interesses não transparecem sinceridade, nas causas que apregoam defender.
As assembleias magnas, salvo raras excepções de certas intervenções, tornaram se em feiras de vaidades, púlpito de protagonismo, "mercado de peixeiras", a última então foi do pior que se têm visto, tendo do se batido um recorde de esvaziamento de sala. Não vou aqui agora discutir as possíveis soluções, sei do esforço de se tentar alterar as regras da magna, e sei da dificuldade das mesmas, pelo conflito que pode resultar da liberdade de expressão dos seus intervenientes. Apelar ao bom senso de quem sobe, também não resulta.

As direcções de faculdades ao permitirem programas lectivos excessivamente intensivos (consequência de Bolonha), ou a falta de um sistema concreto de avaliação dos docentes permitindo um sem número de professores sem a qualidade pedagógica desejada, entre outros problemas; impedindo e desencorajando o diálogo com os estudante, é igualmente factor de desmotivação entre os estudantes, que assim favorecem o seu "conformismo" com o medo (fundamentado) de represálias a eles próprios.

As possíveis soluções para combater este estado geral de desmotivação, não são fáceis de se encontrar, logo a falta de propostas.
Da minha parte apresentada, pode passar pela destituição da abstracção dos "milhares alunos" sem o apoio da Acção Social, na forma de apresentação do problema geral; pela concreta denúncia da situação do "Filipe" e da situação precária! Por outras palavras uma distinta forma de comunicação! Tal sensibilizaria mais estudantes à causa, (não vou alongar nesta concretização, e deixei só a sua linha geral, em sede de comentário posso desenvolver).

Outras das soluções é parar de esperar que seja o Estado ou Governo a resolver a situação, coisas simples como já foi criado em Coimbra como o Fundo Solidário, ou o Arraial Social, são para mim actividades meritórias que actuam directamente no problema, obviamente nunca o resolver na totalidade, mas além de ajudarem o "Filipe", são uma poderosa mensagem de atestado de incompetência ao "poder", e uma forma de resolução dos problemas em concreto por nós próprios, pois por mais que queremos acreditar que os cargos governativos estão ao dispor de todos, na prática tal não funciona, os cargos não são imediatos, e muitas vezes a sua ascensão vêm com a consequência de se ter uma grande lista de favores a cumprir. Há quem reduza este tipo de pensamento a caridade, e irresponsabilidade do Estado, é difícil discordar. Mas perante a alternativa, prefiro a minha.