Penso que participei na grande maioria das últimas manifestações realizadas em Coimbra, para reivindicar por melhores condições para os estudantes! Em concreto pelos super atrasos à atribuição das bolsas de estudo, pelas novas regras técnicas que fizeram diminuir o valor das respectivas bolsas e, pior ainda, negar bolsas a quem necessita, para a concretização dos seus estudos. Entre outros problemas.
Acreditando eu, que a educação é a arma e o caminho mais eficaz para a resolução dos vários problemas de que padece a nossa sociedade actual, e que o ensino superior (com todos os seus defeitos e virtudes) ainda responde a essa finalidade, dotando o nosso país de pessoas qualificadas para a concretização de uma sociedade mais e melhor.
Por esta lógica, e por solidariedade para com os meus colegas e amigos atingidos por estes cortes da Acção Social, (mesmo sendo do retincente quanto à eficácia de manifestações semana após semana ...), eu saí à rua. Peguei nas faixas, gritei, discuti o assunto, informei me, divulguei etc...o normal que se podia esperar. E desiludi me! Uma desilusão muito específica! Dos 8 bolseiros que conheço directamente, e que ainda não receberam bolsa, apenas três foram contestar no passado dia 24/03. E certifiquei me de tentar perceber porque razão é que não o fizeram! Sabendo há partida que haveria um boicote às aulas. O meu espanto concretizou-se quando me percebi que grande parte dos que faltaram, apenas o fizeram porque não apetecia! Conformismo e pouco mais! Em parte fiquei desiludido e chateado, por eu que não sou bolseiro, luto nas acções de manifestações e 8 colegas meus bolseiros não o fazem, pela suposta razão de que não apetece!
Obviamente que a justificação não é tão simples! Penso eu que o conformismo suscitado, prende se antes demais com a falta de acreditação que estas manifestações têm demonstrado, e com o sucessivo aproveitamento político que as mesmas sofrem. Uma das razões da grande participação do Geração à Rasca de passado dia 12, foi mesmo a clara tentativa de ser uma manifestação extra partidária (o que não impediu a tentativa de "usurpação de protagonismo" ou "tempo de antena" por parte de "personalidades partidárias").
O descrédito passa também por não se acreditar mais em soluções vindas de um Estado nem de um Governo, consequentemente baixas expectativas em eleger algo ou alguém. E da falha de comunicação (ou falta dela) aos estudantes afectados, que se sentem assim como algo secundários na sociedade, por parte do poder "que manda".
Uma análise mais "académica Coimbrã", passa pelo descrédito do movimento "político" estudantil alimentado pelo conflito (desejado) das "forças políticas" antagónicas, cujos interesses não transparecem sinceridade, nas causas que apregoam defender.
As assembleias magnas, salvo raras excepções de certas intervenções, tornaram se em feiras de vaidades, púlpito de protagonismo, "mercado de peixeiras", a última então foi do pior que se têm visto, tendo do se batido um recorde de esvaziamento de sala. Não vou aqui agora discutir as possíveis soluções, sei do esforço de se tentar alterar as regras da magna, e sei da dificuldade das mesmas, pelo conflito que pode resultar da liberdade de expressão dos seus intervenientes. Apelar ao bom senso de quem sobe, também não resulta.
As direcções de faculdades ao permitirem programas lectivos excessivamente intensivos (consequência de Bolonha), ou a falta de um sistema concreto de avaliação dos docentes permitindo um sem número de professores sem a qualidade pedagógica desejada, entre outros problemas; impedindo e desencorajando o diálogo com os estudante, é igualmente factor de desmotivação entre os estudantes, que assim favorecem o seu "conformismo" com o medo (fundamentado) de represálias a eles próprios.
As possíveis soluções para combater este estado geral de desmotivação, não são fáceis de se encontrar, logo a falta de propostas.
Da minha parte apresentada, pode passar pela destituição da abstracção dos "milhares alunos" sem o apoio da Acção Social, na forma de apresentação do problema geral; pela concreta denúncia da situação do "Filipe" e da situação precária! Por outras palavras uma distinta forma de comunicação! Tal sensibilizaria mais estudantes à causa, (não vou alongar nesta concretização, e deixei só a sua linha geral, em sede de comentário posso desenvolver).
Outras das soluções é parar de esperar que seja o Estado ou Governo a resolver a situação, coisas simples como já foi criado em Coimbra como o Fundo Solidário, ou o Arraial Social, são para mim actividades meritórias que actuam directamente no problema, obviamente nunca o resolver na totalidade, mas além de ajudarem o "Filipe", são uma poderosa mensagem de atestado de incompetência ao "poder", e uma forma de resolução dos problemas em concreto por nós próprios, pois por mais que queremos acreditar que os cargos governativos estão ao dispor de todos, na prática tal não funciona, os cargos não são imediatos, e muitas vezes a sua ascensão vêm com a consequência de se ter uma grande lista de favores a cumprir. Há quem reduza este tipo de pensamento a caridade, e irresponsabilidade do Estado, é difícil discordar. Mas perante a alternativa, prefiro a minha.
Acreditando eu, que a educação é a arma e o caminho mais eficaz para a resolução dos vários problemas de que padece a nossa sociedade actual, e que o ensino superior (com todos os seus defeitos e virtudes) ainda responde a essa finalidade, dotando o nosso país de pessoas qualificadas para a concretização de uma sociedade mais e melhor.
Por esta lógica, e por solidariedade para com os meus colegas e amigos atingidos por estes cortes da Acção Social, (mesmo sendo do retincente quanto à eficácia de manifestações semana após semana ...), eu saí à rua. Peguei nas faixas, gritei, discuti o assunto, informei me, divulguei etc...o normal que se podia esperar. E desiludi me! Uma desilusão muito específica! Dos 8 bolseiros que conheço directamente, e que ainda não receberam bolsa, apenas três foram contestar no passado dia 24/03. E certifiquei me de tentar perceber porque razão é que não o fizeram! Sabendo há partida que haveria um boicote às aulas. O meu espanto concretizou-se quando me percebi que grande parte dos que faltaram, apenas o fizeram porque não apetecia! Conformismo e pouco mais! Em parte fiquei desiludido e chateado, por eu que não sou bolseiro, luto nas acções de manifestações e 8 colegas meus bolseiros não o fazem, pela suposta razão de que não apetece!
Obviamente que a justificação não é tão simples! Penso eu que o conformismo suscitado, prende se antes demais com a falta de acreditação que estas manifestações têm demonstrado, e com o sucessivo aproveitamento político que as mesmas sofrem. Uma das razões da grande participação do Geração à Rasca de passado dia 12, foi mesmo a clara tentativa de ser uma manifestação extra partidária (o que não impediu a tentativa de "usurpação de protagonismo" ou "tempo de antena" por parte de "personalidades partidárias").
O descrédito passa também por não se acreditar mais em soluções vindas de um Estado nem de um Governo, consequentemente baixas expectativas em eleger algo ou alguém. E da falha de comunicação (ou falta dela) aos estudantes afectados, que se sentem assim como algo secundários na sociedade, por parte do poder "que manda".
Uma análise mais "académica Coimbrã", passa pelo descrédito do movimento "político" estudantil alimentado pelo conflito (desejado) das "forças políticas" antagónicas, cujos interesses não transparecem sinceridade, nas causas que apregoam defender.
As assembleias magnas, salvo raras excepções de certas intervenções, tornaram se em feiras de vaidades, púlpito de protagonismo, "mercado de peixeiras", a última então foi do pior que se têm visto, tendo do se batido um recorde de esvaziamento de sala. Não vou aqui agora discutir as possíveis soluções, sei do esforço de se tentar alterar as regras da magna, e sei da dificuldade das mesmas, pelo conflito que pode resultar da liberdade de expressão dos seus intervenientes. Apelar ao bom senso de quem sobe, também não resulta.
As direcções de faculdades ao permitirem programas lectivos excessivamente intensivos (consequência de Bolonha), ou a falta de um sistema concreto de avaliação dos docentes permitindo um sem número de professores sem a qualidade pedagógica desejada, entre outros problemas; impedindo e desencorajando o diálogo com os estudante, é igualmente factor de desmotivação entre os estudantes, que assim favorecem o seu "conformismo" com o medo (fundamentado) de represálias a eles próprios.
As possíveis soluções para combater este estado geral de desmotivação, não são fáceis de se encontrar, logo a falta de propostas.
Da minha parte apresentada, pode passar pela destituição da abstracção dos "milhares alunos" sem o apoio da Acção Social, na forma de apresentação do problema geral; pela concreta denúncia da situação do "Filipe" e da situação precária! Por outras palavras uma distinta forma de comunicação! Tal sensibilizaria mais estudantes à causa, (não vou alongar nesta concretização, e deixei só a sua linha geral, em sede de comentário posso desenvolver).
Outras das soluções é parar de esperar que seja o Estado ou Governo a resolver a situação, coisas simples como já foi criado em Coimbra como o Fundo Solidário, ou o Arraial Social, são para mim actividades meritórias que actuam directamente no problema, obviamente nunca o resolver na totalidade, mas além de ajudarem o "Filipe", são uma poderosa mensagem de atestado de incompetência ao "poder", e uma forma de resolução dos problemas em concreto por nós próprios, pois por mais que queremos acreditar que os cargos governativos estão ao dispor de todos, na prática tal não funciona, os cargos não são imediatos, e muitas vezes a sua ascensão vêm com a consequência de se ter uma grande lista de favores a cumprir. Há quem reduza este tipo de pensamento a caridade, e irresponsabilidade do Estado, é difícil discordar. Mas perante a alternativa, prefiro a minha.
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